10.7.07

Pesquisadores cobram maior participação das empresas brasileiras

10/07/2007 18:34:48

Belém — Quem absorve o maior número de cientistas e pesquisadores no Brasil? Quem realiza mais pesquisas e desenvolve tecnologias inovadoras? O assunto foi discutido nesta terça-feira, 10, na 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Centro de Convenções da Amazônia, em Belém.

A mesa-redonda sobre o tema Ciência para um Brasil Competitivo teve a participação de Alaor Chaves, do Instituto de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Fernando Galembeck, do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp). O debate teve a mediação do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães.

Segundo Alaor Chaves, as empresas brasileiras devem empregar mais pesquisadores e engenheiros, a exemplo do que acontece na maioria dos países. Atualmente, no Brasil, 89% da pesquisa é feita nos cursos de pós-graduação. “As empresas empregam 11% e o restante é absorvido pelo governo. No restante do mundo, as empresas empregam dois terços desse pessoal, deixando um terço para o governo”, exemplifica.

Para Chaves, a inovação ainda não entrou em larga escala nas empresas brasileiras. “O envolvimento das empresas brasileiras com pesquisa e desenvolvimento é tão incipiente que o Estado tem que atuar diretamente no desenvolvimento da tecnologia”, diz. Cita como exemplo bem-sucedido dessa atuação a agropecuária. “A Embrapa ajudou a tornar nossa técnica agrícola altamente inovadora”, destaca. Ele propôs a criação de uma nova empresa, nos moldes da Embrapa — a Empresa Brasileira de Ciência e Tecnologia Industrial (Embracti) — que atuaria nas áreas de física, química e outras áreas tecnológicas, fazendo a ligação entre indústria e academia.

Já o pesquisador Fernando Galembeck defende outras medidas. Segundo ele, para que o país se torne mais competitivo, o importante seria intensificar a realização de projetos conjuntos de cooperação entre empresas e universidades, e fomentar projetos dentro de empresas. “Além disso, o governo poderia fazer encomendas a consórcios de empresas, que incluíssem também universidades”, diz.

Jorge Guimarães, coordenador do debate, finalizou destacando que há necessidade de formar recursos humanos em todas as áreas e, com certeza, as empresas precisam investir mais na pesquisa. Por isso a Capes, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, lançou o Plano Nacional de Pós-Doutorado que irá financiar a contratação de pesquisadores em empresas, centros de pesquisa públicos e privados. O edital deve sair em breve.

O debate foi motivado pelo documento Física para um Brasil Competitivo, elaborado por uma comissão de físicos a pedido da Capes. O documento contém propostas que visam à efetiva inclusão da ciência na sociedade e na economia brasileiras e recomenda investimentos na formação graduada e pós-graduada de maior número de cientistas e engenheiros.
Adriane Cunha e Fátima Schenini

22.6.07

Baixo salário esvazia institutos de pesquisa

Concorrendo com empresas, Inpe e CTA, responsáveis pelo programa espacial, não atraem pessoal formando no ITA há 12 anos

A carreira de ciência e tecnologia deixou de ser atrativa nos últimos anos, principalmente por causa dos baixos salários, comprometendo a renovação dos quadros de especialistas no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e CTA (Comando- Geral de Tecnologia Aeroespacial), executores do programa espacial brasileiro.

No entanto, o país tem conseguido manter o destaque no cenário internacional --alcançado com projetos como o motor a álcool e a urna eletrônica. A explicação tem um fundo ideológico.

"Parte dos cientistas abraça seus projetos como a um filho. Entre os físicos, muitos não têm ambições financeiras ou sociais, o sonho deles é ser professor-titular e orientar o seu grupo de alunos", disse o funcionário do Inpe e presidente do Sindicato dos Servidores da Área de Ciência e Tecnologia, Fernando Morais.

"Vale a pena investir em ciência e tecnologia porque a sociedade tem retorno. Ao longo dos anos o pessoal tem correspondido mais por amor ao que fazemos do que pelos incentivos à carreira.", disse Pedro Antônio Cândido, técnico em mecânica da Divisão de Mecânica Espacial e Controle.

Atualmente, o programa de satélites, de monitoramento do desmatamento da Amazônia e previsão do tempo desenvolvidos no país são referências no cenário nacional e internacional.

Sucateamento

Funcionário do Inpe há 20 anos, Cândido disse que o "sucateamento" da carreira de C&T começou no governo Collor. "Comparada a outras carreiras na área pública com as mesmas exigências, os nossos salários estão muito abaixo", disse.

As melhores condições de trabalho e de remuneração oferecidas pela iniciativa privada, além de terem "esvaziado" as equipes nos últimos anos, também atraem a maior parte dos novos profissionais da área formados nas melhores universidades do país.

Segundo o sindicato, há 12 anos o Inpe e o CTA não recebem profissionais formados no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), criado com o objetivo de prover recursos humanos para o programa espacial.

"Os bancos absorvem em grande proporção os alunos formados no ITA", disse o presidente do sindicato e funcionário do Inpe, Fernando Morais. A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) e outras grande indústrias no Brasil e no exterior também têm a preferência dos formandos do ITA.

Os concursos públicos abertos para o preenchimento de vagas no Inpe e no CTA atraem principalmente profissionais recém- formados em universidades de menos renome. "Muitos ingressam e ficam dois ou três anos apenas para ganhar experiência."

Para Pedro Cândido, o país poderia ter feito mais se a carreira não tivesse perdido a atratividade.

Déficit

O déficit de pessoal para repor as saídas para a iniciativa privada, instituições de ensino e por aposentadoria é estimado em 600 pessoas no CTA e 350 no Inpe, segundo o presidente do sindicato. Em 2008, entre 15% e 20% do efetivo do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) irá se aposentar por tempo de serviço, segundo ele.

O IAE é o responsável pelo programa brasileiro de foguetes e em 2003 perdeu parte de seu pessoal qualificado no acidente com o VLS (Veículo Lançador de Satélite), que provocou a morte de 21 engenheiros e técnicos.

"É comum pedirem licença não-remunerada para trabalhar na indústria por um salário três vezes maior durante três ou quatro anos. Essa situação é prejudicial porque eles voltam desmotivados com a perda de poder aquisitivo, mas preferem a estabilidade do serviço público", disse o especialista em política científica e tecnológica, Edmilson de Jesus Costa Filho.

Na iniciativa privada, um pesquisador no topo da carreira que recebe R$ 7.100 no Inpe ou no CTA pode ter vencimentos de até R$ 25 mil na iniciativa privada.
(Vale Paraibano, 21/6)

Pesquisador ganha menos que policial



Na iniciativa privada, um pesquisador do Inpe ou do CTA com mais de 25 anos de experiência e doutorado sênior pode receber salário de até R$ 25 mil

Um pesquisador do Inpe ou do CTA no topo da carreira recebe salário de R$ 7.100 -- menos que o salário pago a profissionais de nível médio em outras carreiras do próprio serviço público. O salário de um policial rodoviário federal, função de nível intermediário, é R$ 8.800.

"Nas carreiras de gestão, de nível superior, na Polícia Federal ou no Banco Central, por exemplo, os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 19 mil", disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Área de Ciência e Tecnologia, Fernando Morais.

Na iniciativa privada, um pesquisador do Inpe ou do CTA com mais de 25 anos de experiência e doutorado sênior pode receber salário de até R$ 25 mil. Um engenheiro recém-formado no ITA recebe salário inicial entre e R$ 4.000 e R$ 6.000 na iniciativa privada.

No Inpe e no CTA, os salários iniciais são de R$ 800 no nível auxiliar, R$ 1.418 no nível intermediário e R$ 2.578 no nível superior.

Campanha

Na próxima semana, o presidente do Sindicato se reúne com representantes do Ministério do Planejamento a partir das 14h, para discutir a nova tabela salarial da categoria.

Será a primeira reunião para o início das negociações. A proposta do sindicato elevaria para os pisos para R$ 1.511 (auxiliar), R$ 2.782 (intermediário) e R$ 4.218 (superior). O teto no nível superior alcançaria R$ 12.444.
(Vale Paraibano, 21/6)

21.6.07

MEC cria Lei Rouanet da pesquisa


19.6.07

Universalização dos incentivos fiscais para inovação tecnológica

VI Encontro Nacional de Inovação Tecnológica (Enitec): Universalização dos incentivos fiscais para inovação tecnológica


Especialistas defenderam que benefícios devem ser acessíveis às micro e pequenas empresas

Durante o VI Enitec, promovido pela Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) e realizado semana passada na Firjan, no Rio, foram discutidas as principais questões da política e da prática de inovação tecnológica no país.

Depois de dois dias de evento, que reuniu mais de 150 pessoas, representando principalmente entidades industriais e empresas, uma das conclusões foi de que, embora já tenha se avançado, ainda é preciso melhorar o marco legal do setor. Uma das principais sugestões foi a universalização dos benefícios, alcançando também as empresas médias e pequenas.

O Encontro, realizado nos dias 13 e 14, foi marcado pelo lançamento da Rede de Entidades Tecnológicas Setoriais (Rets), que se iniciou congregando 14 ETS de diferentes setores industriais, tais como metalurgia, máquinas, eletro-eletrônica, química, fármacos, medicamentos, cosméticos, celulose e papel, entre outros.

Continua aqui.

16.5.07

O PAC da Ciência e Tecnologia, artigo de Luiz Eugênio Mello

Leia o artigo de Luiz Eugênio Mello neste link.

Alguns destaques abaixo:

O Estado de SP produz 50% da Ciência do país. Esse mesmo Estado tem o maior número de unidades geradoras de patentes e a universidade com mais patentes no país. Qual o ambiente gerador desse sucesso? Em uma palavra: Fapesp

Cerca de 30% dos recursos anualmente despendidos pela Fapesp vêm dos rendimentos de aplicações próprias. Mesmo que o governo estadual quisesse, não lhe seria possível contingenciar esses recursos. São próprios.

Espero que o PAC da Ciência e Tecnologia, a ser lançado proximamente, inclua a instauração desse patrimônio independente, a exemplo do que, há 40 anos atrás, foi feito para a Fapesp pelo então governador Carvalho Pinto.

Não precisamos nos mirar nos tigres asiáticos quando temos soluções à mão aqui mesmo no Brasil.



Lula anuncia um volume de recursos nunca visto no setor de C&T

Segundo a matéria do Jornal da Ciência, que você pode ler neste link, o presidente "Lula anunciou que, em breve, lançará um plano de desenvolvimento científico e tecnológico. Ele disse que o governo vai aplicar um volume de recursos nunca antes destinado ao setor."

Tomara que seja verdade e que saia do papel. O PDE está saindo do papel...

Lula ficou impressionado com a pesquisa da química Milena Rodrigues Boniolo, de 25 anos, primeiro lugar na categoria graduado. Ela descobriu que a casca de banana é capaz de retirar metais pesados da água.


Que bom que ele gostou. Destaco abaixo trechos da matéria que falam da homenagem feita ao professor Fernando Galembeck, já citado neste blog:

Na cerimônia, foi homenageado, também, o pesquisador Fernando Galembeck com
o Prêmio Almirante Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia.
(...)
Galembeck, professor titular da Unicamp e bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A do CNPq, tem uma atuação de destaque nas aplicações da físico-química à tecnologia industrial.

Uma de suas pesquisas mais importantes resultou na criação de um novo pigmento branco para tintas, que, além de gerar uma nova atividade industrial no Brasil e no exterior, caracteriza-se pelo baixo impacto ambiental.

Durante o discurso de agradecimento, Galembeck ressaltou a principal característica de suas pesquisas, a possibilidade de aplicação industrial, gerando emprego e renda. “O saber só vale se o transformamos em benefícios”, apontou.




25.4.07

O Brasil carece de doutores na indústria

"O Brasil carece de doutores, ao mesmo tempo, boa parte deles está nas universidades. Precisamos trazer estes doutores para a indústria para que eles produzam pesquisa aplicada e, assim, nos ajudem a crescer, nos tornar mais competitivos colocando o país em um outro patamar de desenvolvimento"

Luis Fernando Cassinelli
Diretor da Braskem


Leia mais em Especialistas apostam em P&D como caminho para crescimento.

Ganhadores do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica discutem processo inovativo no Reino Unido



JC e-mail 3250, de 25 de Abril de 2007.


Nuteral, Mectron, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Algodão e ViniBrasil vão a 'study tour' em Brigthon

Flamínio Araripe escreve para o “JC e-mail”:

Cinco brasileiros vencedores do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2006 participam nesta semana do programa de 'study tour' no Reino Unido organizado pelo Britisch Council.

A agenda inclui aulas teóricas sobre gestão da inovação no Centro de Gerenciamento de Inovação (Centrim) do Freeman Centre da Universidade de Brighton, que atua com políticas de ciência, inovação e pesquisa de tecnologia, e tem mais de 60 pesquisadores e 200 alunos de pós-graduação.

Além da teoria dada no Centre of Innovation Management em três workshops de três horas cada, os inovadores brasileiros vão verificar na prática os processos inovativos em visita a empresas selecionadas para troca de idéias com os empreendedores ingleses.

"Estou tendo nove horas de aulas teóricas e nove horas de práticas sobre o que fazer para inovar, e como funciona o processo da inovação", disse Augusto Guimarães, nutricionista, presidente da Nuteral Indústria de Formulações Nutricionais, de Fortaleza, vencedora na categoria Pequena Empresa. Ele volta à Inglaterra onde, na década de 90, fez pós doutoramento em Oxford.

Na semana seguinte, o pesquisador-empresário vai a Dublin, na Irlanda, para trabalhar com o Dr. Philip Newsholme, parceiro da Nuteral. Em seguida, na França, participa de congresso de nutrição e visita indústrias de alimentos.

Também integram a comitiva dos Brasil em Brighton os premiados pela Finep Eder Vinícius da Silva Cruz, da Mectron (Média Empresa); Luciano Cordoval de Barros, da Embrapa Milho e Sorgo (Inovação Social); Luiz Paulo de Carvalho, da Embrapa Algodão (Instituição de Ciência e Tecnologia) e Ana Maria Lopes Rodrigues, da ViniBrasil (categoria Processo).

Segunda-feira, os inovadores brasileiros tiveram workshop sobre as Cinco Fases da Inovação – Buscar, Explorar, Se Comprometer/Fazer, Compreender e Otimizar, com Shaun Gannon, apoiado pelo professor Howard Rush e o Dr. Dave Francis. Depois discutirão na cozinha do Royal Pavilon, um palácio britânico do Século XVIII, a inovação que resiste ao tempo.

Na terça-feira, o workshop abordou as Habilidades de gerência necessárias para o sucesso das cinco fases da inovação. A parte prática os levou à empresa Eurotherm, do setor eletrônico, para discussão com gerentes de pesquisa e desenvolvimento com o intuito de compartilhar as melhores práticas de inovação.

Nesta quarta-feira, os premiados pela Finep participam do workshop Praticando habilidades chaves da inovação, almoçam com membros da equipe de profissionais do Centrim e vêm breves apresentações sobre as últimas pesquisas em gerência da inovação. O estudo de caso enfoca a experiência da loja Bills Produce Store, café e hortifruti, considerada sucesso em inovação na Inglaterra, cujos resultados serão discutidos pelo grupo.

Amanhã, os convidados do British Council visitam o museu arqueológico de Lewes para verificar exemplos de tecnologia pré-históricas e medievais. O workshop do dia no Freeman Centre tem como tema Definir oportunidades para inovação, seguido de estudo de caso sobre o Finnegans Fish Bar.

Sexta-feira, o grupo se reúne no workshop Desenvolvimento da Capacidade de inovação na sua própria organização, faz uma revisão do programa e participa de um processo de avaliação da experiência. A agenda inclui ainda palestras de uma série sobre inovação, uma atividade opcional.

"A visita técnica tem por objetivo mostrar aos inovadores o que há de melhor na inovação no Reino Unido e oferecer meios para que possam entender melhor o gerenciamento do processo inovador", disse a coordenadora do 'study tour', Mônica Balanda. Ela é analista do British Council, patrocinador da parte internacional do Prêmio Finep.

Em breve entrevista por telefone celular ao Jornal da Ciência, Mônica Balanda informou que a inovação ocorre em todo mundo, mas os professores do Centrim conseguiram capturar e mostrar a sistemática do seu processo de modo que inovadores brasileiros possam aprender e trocar idéias com as empresas inglesas inovadoras. Segundo ela, o papel do British Council no processo é o de facilitador, mostrando o que o Reino Unido tem na área da inovação.

Este é o terceiro ano da visita técnica para os inovadores distinguidos pela Finep. Segundo o British Council, haverá encontro dos mestrandos e doutorandos da área de inovação que residem em Brigthon com o grupo de destaques inovadores do Brasil. A organização que se diz apolítica trabalha em conjunto com o governo britânico e tem cinco escritórios no país: http://www.bristishcouncil.org.br.

"O British Council é a organização internacional do Reino Unido para oportunidades educacionais e relações culturais. Seu trabalho busca promover as idéias e as realizações do Reino Unido, por meio da atuação em três áreas: educação; governança e direitos humanos; e criatividade e inovação (artes e ciências). A organização atua em 223 cidades e 109 países".

21.4.07

Comentário do professor Newton da Costa sobre o apoio à pesquisa científica

Em mensagem na lista logica-l, o professor Walter Carnielli (IFCH-UNICAMP) parabenizou o Deputado Estadual Nelson Justos pela "iniciativa em outorgar o título de cidadania benemérita do Estado do Paraná ao ilustre Professor Doutor Newton Carneiro Affonso da Costa".

Aqui vai o agradecimento feito pelo professor Newton ao professor Walter, com alguns grifos meus:

Caro Walter:
Muito obrigado pelo e-mail que enviou ao Deputado Nelson Justos. Fiquei muito contente com sua iniciativa. Na realidade, é algo relevante, independente de ser eu o beneficiado, pois se trata de homenagear um logico e filosofo, que nao tem nenhum poder político ou econômico. Eu salientei isso em meu discurso, dizendo que o Brasil só saira do Terceiro Mundo se, entre outras coisas, desenvolver a educação e a pesquisa em todos os setores. Já J. Nehru, quando Primeiro Ministro da India, afirmou, em uma reuniao da Sociedade Indiana para o Progresso da Ciencia: "Somos tão subdesenvolvidos, que não podemos nos dar o luxo de não apoiar a pesquisa científica de todos os tipos, inclusive a pesquisa pura".
Mais uma vez, obrigadissimo.
Abracos,
Newton

19.4.07

Ciência Brasil - Site de divulgação da ciência brasileira

Encontrei o Ciência Brasil - Site de divulgação da ciência brasileira, um blog escrito por Marcelo Hermes-Lima, biólogo e doutor em Bioquímica, que trabalha no Departamento de Biologia Celular do Instituto de Ciência Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

No blog tem um link para um programa semanal de entrevistas que, segundo Hermes-Lima, “pretende desmistificar a ciência e o cientista”.


9.4.07

Portaria MCT nº 557, de 30.08.2006

Destaco aqui alguns trechos desta portaria:

Art. 1º Designar a FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS (FINEP) para concessão da subvenção econômica de que trata o § 4º do art. 11 do Decreto nº 5.798, de 07 de junho de 2006.

§ 1º A Finep concederá a subvenção econômica por meio de chamada pública para seleção e aprovação de projetos que demonstrem a contratação de novos pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados em atividades de inovação tecnológica em empresas localizadas no território brasileiro.

(...)

Art. 3º O valor mensal da subvenção econômica correspondente a cada novo pesquisador contratado pela empresa será limitado a R$ 7.000,00 (sete mil reais), para os titulados como doutores, e a R$ 5.000,00 (cinco reais), para os titulados como mestres.

Art.4º A subvenção econômica correspondente a cada pesquisador poderá ser concedida por até 3 (três) anos, improrrogáveis.

(...)


Como está claro no artigo 1º, esta portaria regulamenta o Decreto nº 5.798, de 07 de junho de 2006 que diz:


Art. 11. A União, por intermédio das agências de fomento de ciência e tecnologia, poderá subvencionar o valor da remuneração de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados em atividades de inovação tecnológica em empresas localizadas no território brasileiro.

§ 1o O valor da subvenção de que trata o caput deste artigo será de:

I - até sessenta por cento para pessoas jurídicas nas áreas de atuação das extintas SUDENE e SUDAM; e

II - até quarenta por cento, nas demais regiões.

§ 2o A subvenção de que trata o caput deste artigo destina-se à contratação de novos pesquisadores pelas empresas, titulados como mestres ou doutores.


Ministro promete aumentar o número de pesquisadores nas empresas


Em matéria na COMPUTERWORLD, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, prometeu aumentar o número de pesquisadores nas empresas para tirar o atraso do país na área de pesquisa.

Leia mais aqui.

Incubadoras de Campinas promovem empreendedorismo

Incubadoras de Campinas promovem empreendedorismo

IT Careers - Convergência Digital
:: Da redação :: 05/04/2007

A fim de fomentar a criação de novas empresas, a incubadora de software Softex Campinas e a incubadora de empresas de base tecnológica da Unicamp (Incamp) acabam de criar a I Jornada de Empreendedorismo. O evento acontece no auditório da diretoria geral de administração da Unicamp nos dias 31 de maio e 1 de junho e tem o objetivo de selecionar projetos de base tecnológica ou idéias que possam se transformar em empreendimentos desse segmento.

O evento atende ao projeto regional de prospecção e incubação de empresas de base tecnológica do qual também participam incubadoras de Limeira e Araras ligadas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O projeto é direcionado a universidades, centros de pesquisa, escolas técnicas e empresas que trabalham em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Para a gerente da incubadora Softex Campinas Dinéa Arissoto, o projeto deve prospectar novas empresas de forma pró-ativa. “O projeto vai fortalecer as incubadoras participantes, aumentando o know-how de seus gestores e dessa maneira, melhorar o ambiente de incubação”, garante.

Os participantes que tiverem seus projetos aprovados receberão consultoria gratuita para elaborar os planos de negócios no ambiente das entidades organizadoras. Além disso, os projetos poderão ser admitidos nas incubadoras de acordo com os critérios de avaliação de cada uma delas.

As inscrições para a I Jornada de Empreendedorismo custam R$ 15,00 e devem ser feitas até dia 22 de maio pelo site www.incamp.unicamp.br/jornada.

Fapesp e Microsoft criam instituto de pesquisa

Notícias Segunda-Feira, 09 de abril de 2007
JC e-mail 3238, de 05 de Abril de 2007.

Fapesp e Microsoft criam instituto de pesquisa

A Fapesp e a Microsoft anunciam, em 10/4, a criação do Instituto Microsoft Research – Fapesp de Pesquisas em TI e a abertura de chamada para apresentação de projetos pela comunidade científica paulista

A cerimônia será realizada às 10h, na sede da Fapesp, seguida por uma coletiva de imprensa com as presenças de Carlos Vogt (presidente da Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor científico da Fapesp), Michel Levy (presidente da Microsoft Brasil), Henrique Malvar (diretor geral da Microsoft Research) e Carlos Ferreira (diretor de Novas Tecnologias e Inovação da Microsoft Brasil).

O instituto apoiará projetos na área de tecnologia da informação e comunicação com soluções criativas e inovadoras, que unam avanço no conhecimento fundamental com a possibilidade de aplicações para a melhoria de serviços, tais como saúde e educação.

Espera-se dos projetos selecionados grande potencial de impacto social e econômico, incluindo a ampliação do acesso a redes de comunicação e o desenvolvimento de equipamentos e dispositivos de baixo custo.
(Assessoria de comunicação da Fapesp)

23.3.07

Empresas de Informática que surgiram a partir do meio acadêmico

Hoje, pesquisando na Internet, encontrei este trabalho de 2002 sobre "Empresas de Informática que surgiram a partir do meio acadêmico". Nas palavras dos autores (pesquisadores da USP-São Carlos), o trabalho "apresenta um perfil de empresas internacionais e nacionais que nasceram através de jovens empreendedores, recém formados na universidade, e procura mostrar os principais aspectos e características dessas empresas que deram e estão dando certo, apesar das grandes dificuldades que inibem o surgimento dessas empresas de base tecnológica."

O primeiro autor, André Ponce de Leon, é professor do ICMC-USP-São Carlos.
O segundo autor, ANTONIO VALERIO NETTO, abriu sua própria empresa, a Cientistas Associados. Escreveremos mais sobre ela futuramente aqui neste blog.

12.3.07

Dois professores-pesquisadores são destaque na revista Você S/A

A revista Você S/A de março de 2007 traz a seguinte matéria de capa: "Crie seu Oceano Azul", que trata de um livro co-escrito pelo sul-coreano Chan Kim.

Entre os quatro exemplos de pessoas que "criaram seu próprio oceano azul" (na terminologia do autor do livro), isto é, que criaram oportunidades de negócio sem olhar para os concorrentes, estão dois professores-pesquisadores de universidades públicas brasileiras:

Sobre Silvio Meira, a reportagem diz que "criou um instituto para desenvolver produtos e empresas em TI", cujo faturamento em 2006 foi de 43 milhões de reais.
Esse instituto é o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, o C.E.S.A.R.

Sobre Fernando Galembeck, diz que "criou a única patente no mundo de tinta branca fabricada a partir do fosfato de alumínio", o que gerou 5 bilhões de dólares.